
E tudo em pleno silêncio
Vi uma rosa se abrindo
Naquele exato momento.
Porém a minha boca calava
Sob a mordaça do tempo
E nem de longe eu imaginava
Que quem ali me sondava
Era a nevasca do vento!
A flor em meio ao geleiro
Um tremendo vendaval
Uma triste despedida
E um desejo mortal.
Dura haste inclinada
De tao rebento!
E sob o silêncio e ao relento...
A minh'alma chorava
Lamentando esse momento.
E a rosa?.. há a rosa cheirava incenso
Na longa e triste jornada
Somente o barulho do vento!
Se a dor no peito era imensa
E a descrença total
A rosa do gelo me levava
Além do bem e do mal
(Autora Elizabete G Teixeira)
Todos os direitos autorais reservados
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