sábado, 11 de agosto de 2012

A rosa do gelo

Era uma noite tão calma
E tudo em pleno silêncio
Vi uma rosa se abrindo
Naquele exato momento.
Porém a minha boca calava
Sob a mordaça do tempo
E nem de longe eu  imaginava
Que quem ali me sondava
Era a nevasca do vento!

A flor em meio ao geleiro
Um tremendo vendaval
Uma triste despedida
E um desejo mortal.

Dura haste inclinada
De tao rebento!
E sob o silêncio e ao relento...
A minh'alma chorava
Lamentando esse momento.

E a rosa?.. há a rosa cheirava incenso
Na longa e triste jornada
Somente o barulho do vento!
Se a dor no peito era imensa
E a descrença total
A rosa do gelo me levava
Além do bem e do mal

      (Autora Elizabete G Teixeira)
              Todos os direitos autorais reservados






Nenhum comentário:

Postar um comentário