sábado, 3 de março de 2012

Os amantes

Sinto...  não posso ama-lo criatura,
Na lâmpada do leito que murmura
Tú és distante, tú és amante.
Se me abandonas.....
Envolto então aos lúcidos cabelos
Semelha um querúbim pálido ao ve-lo.

Mais não me odeies!
Se não te amo ainda...
É que outrora amei alguem
Com tal volúpia
Que o coração retarda ainda a sua culpa.

E se então maldigo
As esperanças que sonhei contigo
Não me culpes sou delirante mais não minto!

Mais não me odeies!
Se não te amo ainda
É que no peito essa dor ainda inflama
Queimando em brasas, mais a alma por si clama!

Mais não me odeies
Se não te amo ainda...
Se com lágrimas e como as fadas da ventura
Ou como Anjos nessa noite tão escura.
Levo comigo a tua doce formosura.

Se nesses olhos que me influi á viver
De imenso afeto de amor posso morrer
Mais não me odeies

Doi-me o coração num torpe enleio
Que cisma! que insano devaneio
Afronte da descrença e do divino
Morrer assim é ironia do 'destino'
Mais não me odeies!...

(Todos os direitos autorais reservados)

Elizabete G. Teixeira

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