terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O velho poeta:

Em algum lugar, num canto remoto qualquer, se
encontra um cérebro, velho e cansado, e sem forças prá caminhar.
A barba já esta tão branca, visão turva, os pés descalços, e já nem consegue pensar.
Hoje as letras se misturam, vindo as palavras falhar.
Onde as  frases sem nexo, parecem se embaralhar.
Não tem texto, nem contexto, não mais escreve poemas, e  nem mais sabe se expressar.
   O poeta envelheceu.
Aquele que outrora encantava, onde a poesia falava...
Dos amores, dos amantes, da tão proibida paixão e da mocinha da janela, o moço do violão.
O poeta! Aquele, aquele das noites de lua cheia, das tardes quentes de verão, que
encantava a todos, quando beijava a lua, nas noites de solidão!
Pobre poeta! nem mesmo a lua, a sua eterna companheira nas meadas da ilusão!
Hoje!
Já nem o visita mais, parece andar aflita, sente
falta do poeta, do romance e da poesia, dos versos cantados em prosa,
como o poeta fazia.
Meu velho amigo poeta, o tempo correu com pressa, sem piedade passou!
Hoje as suas noites são frias, o tempo roubou os seus dias.
E você...
 Nem um pouco se importou!
Porém meu nobre poeta,digo com muito fervor,
que a semente que plantastes, que com carinho cuidastes.
A semente gêrminou, nasceu forte, cresceu sorrindo, bateu asas e voou.
E mesmo se partires agora, saberás nobre poeta
Que a poesia ficou.
Descanse em paz meu poeta!
Eu escrevi na hora certa, o meu recado de amor.

 Todos os direitos autorais reservados
Autora Elizabete G Teixeira
Orlândia SP

Nenhum comentário:

Postar um comentário